mais duas estrelas foram acrescentadas à minha constelação!
Néventon Vargas
"A liberdade de imprensa é talvez a liberdade que mais tem sofrido pela
degradação da idéia da liberdade. (Albert Camus)
"Atrás da anonímia se alaparda a covardia, se agacha o
enredo, se ancora a mentira, se acaçapa a subserviência,
se arrasta a venalidade." (Rui Barbosa)
sexta-feira, 2 de setembro de 2016
Brilha Uma Estrela na Boca do Monte
mais duas estrelas foram acrescentadas à minha constelação!
quarta-feira, 20 de maio de 2015
Flor de Outono
quinta-feira, 30 de abril de 2015
30 de abril de 1984: um dia inesquecível!
Minhas três filhas são bem diferentes entre si, cada uma com sua personalidade e suas virtudes, que as fazem seres especiais. Claro que também têm seus defeitos, que não os vejo e, se os visse, não os salientaria, a não ser no silêncio da minha consciência, identificando aquilo que herdaram de mim. Isto serve para as reflexões pessoais na tentativa de domar minhas más inclinações.
Hoje, 30 de abril de 2015, é dia de comemorar o nascimento da minha caçula, relembrando eventos da sua infância e adolescência, que formaram o alicerce da sua personalidade adulta. Foram muitos os momentos de alegria e de experiências diversas, culminando com um perfil vitorioso de pessoa que não se curva diante das dificuldades e persegue com afinco e dedicação seus objetivos.
sábado, 9 de agosto de 2014
ELE
Ele, com minha neta Marília, em 2007 |
Ele sempre foi um rebelde e radical. Não que tivesse desvios de comportamento ou moral duvidosa ou ainda que pudesse ser considerado mau-caráter. Simplesmente se caracterizava por uma inconformidade em aceitar passivamente o tradicional sem um exame apurado e o uso imprescindível da razão.
Na infância, não deu sossego aos mestres, numa época em que a educação era monopolizada pela religião, com a força do seu poder e pensamento tradicionalmente dogmático. Não se admitia lançar a dúvida quanto às verdades tidas como inquestionáveis. Adulto, não se conformava com a ordem vigente, colocando em risco a segurança própria e de sua família na defesa de seus ideais.
Ele nunca foi religioso no entendimento mais usual. Nunca foi afeito às atitudes piegas de contrição, de devoção, de idolatria, de superstição.
Ele é uma pessoa bem humorada e que sempre tem uma saída inteligente para as situações mais simples como para as mais delicadas.
Ele é espírita e foi minha referência desde as primeiras investidas para a busca desse conhecimento. Ele esteve presente em todos os movimentos do Espiritismo e acompanhou a sua evolução na cidade em que nasceu e vive até o presente.
Hoje, quando me olho o vejo num outro tempo, com oportunidades diferentes, com outras experiências e num contexto diverso, como se fosse ele vivendo a minha vida. Imagino que se eu tivesse vivido no seu tempo, vivenciando todos os episódios de sua vida, seria exatamente como ele foi quando teve minha idade.
Meu pai, Nelcy, com a minha neta Luísa, em 2013. |
Mas, pensando bem, a sua presença, o seu pensamento, a sua postura, sempre me infundiram confiança e segurança. Lembro-me que na infância, em momentos de aflição e medo, quando os pesadelos me inquietavam, quando me aterrorizava o desconhecido, quando a escuridão me dava pavor, o primeiro grito que me saia da garganta era: PAAAI!
sexta-feira, 5 de abril de 2013
Para além da Liturgia e do Poder
sexta-feira, 2 de novembro de 2012
sábado, 11 de agosto de 2012
Uma noite Unamuno...!!!
segunda-feira, 26 de março de 2012
domingo, 25 de março de 2012
Abjuro!
Nevo
Do ser político não sou cultor,
Nem quero fama ou popularidade!
Bem antes prefiro oceano de amor
Afogando-me na afetividade.
As vagas se impiedosas açoitassem,
Lânguidas bebendo-me na alma,
Tão tenro o cárdio talvez ficasse,
Que toda a tempestade acalma.
Quero viver na e com a natureza,
Usufruindo de toda sua liberdade,
Sujeito apenas à sua beleza,
Sem dependência de outra vontade.
Meus mestres são os próprios erros,
Dos quais o peso do fardo se avulta...
Já me dói ver seres nos desterros
Da carência do que me resulta.
segunda-feira, 4 de abril de 2011
O macaco japonês Macaca Fuscata vinha sendo observado há mais de trinta anos em estado natural.
segunda-feira, 31 de janeiro de 2011
Plano de Vida
domingo, 30 de janeiro de 2011
Liberdade
Ao receber esta foto pela internet me pareceu ajustar-se perfeitamente ao entendimento de "livre pensar" por mim proposto no texto a seguir, ao dizer que o indivíduo "...pode se impor clausura mental e se recusar ao uso do raciocínio, preferindo aceitar sem reflexão as idéias prontas e acabadas, como se o universo do pensamento não fosse dinâmico." Neste enfoque o indivíduo se equipararia ao animal da foto, "preso" à cadeira, com a diferença que este é irracional por natureza e aquele o é por opção.
domingo, 9 de janeiro de 2011
Comentário sobre o Aborto
Comentário sobre o Aborto
Néventon Vargas
Apesar de ser radicalmente favorável à vida, penso que na opinião do Sr. Gerson Monteiro (http://extra.globo.com/noticias/religiao-e-fe/gerson-monteiro/) existe uma omissão: O Espiritismo não "condena" e, portanto, todos temos a liberdade da escolha. Mesmo o aborto é considerado na seguinte questão de O Livro dos Espíritos:
359. Dado o caso que o nascimento da criança pusesse em perigo a vida da mãe dela, haverá crime em sacrificar-se a primeira para salvar a segunda?
"Preferível é se sacrifique o ser que ainda não existe a sacrificar-se o que já existe."
O pensamento cristalizado das religiões impede que se veja além, hipervalorizando a vida na matéria. Os Espíritos que responderam a Kardec não são tão pragmáticos. Vejam alguns exemplos em O Livro dos Espíritos:
346. Que faz o Espírito, se o corpo que ele escolheu morre antes de se verificar o nascimento?
"Escolhe outro."
a) -Qual a utilidade dessas mortes prematuras?
"Dão-lhes causa, as mais das vezes, as imperfeições da matéria."
...
351. No intervalo que medeia da concepção ao nascimento, goza o Espírito de todas as suas faculdades?
"Mais ou menos, conforme o ponto, em que se ache, dessa fase, porquanto ainda não está encarnado, mas apenas ligado. A partir do instante da concepção, começa o Espírito tomado de perturbação, que o adverte de que lhe soou o momento de começar nova existência corpórea. Essa perturbação cresce de contínuo até ao nascimento, Nesse intervalo, seu estado é quase idêntico ao de um Espírito encarnado durante o sono. À medida que a hora do nascimento se aproxima, suas idéias se apagam, assim como a lembrança do passado, do qual deixa de ter consciência na condição, de homem, logo que entra na vida. Essa lembrança, porém, lhe volta pouco a pouco ao retornar ao estado de Espírito."
...
358. Constitui crime a provocação do aborto, em qualquer período da gestação?
"Há crime sempre que transgredis a lei de Deus. Uma mãe, ou quem quer que seja, cometerá crime sempre que tirar a vida a uma criança antes do seu nascimento, por isso que impede uma alma de passar pelas provas a que serviria de instrumento o corpo que se estava formando."
...
360. Será racional ter-se para com um feto as mesmas atenções que se dispensam ao corpo de uma criança que viveu algum tempo?
"Vede em tudo isso a vontade e a obra de Deus. Não trateis, pois, desatenciosamente, coisas que deveis respeitar. Por que não respeitar as obras da criação, algumas vezes incompletas por vontade do Criador? Tudo ocorre segundo os seus desígnios e ninguém é chamado para ser juiz."
...
Concluindo, o argumento de que "abortistas" defendem quem "matar seres indefesos" é simplista e não reflete a opinião geral.
"Legalização do aborto" é diferente de "descriminalização do aborto". A pura e simples "descriminalização" não legaliza nada; apenas retira da lei onde está escrito que "constitui crime". A pura e simples "legalização" - do tipo "É lícito qualquer indivíduo provocar aborto" - é impensável.
A questão da saúde pública é muito simples: os dados estatísticos colhidos se referem à morte de mulheres, oriunda de abortos em condições adversas. O número de abortos clandestinos é uma estimativa estatística baseada em pesquisas cujos métodos são amplamente estudados, debatidos e aperfeiçoados constantemente nas ciências exatas para uso das inexatas, uma vez que são imprescindíveis em diversas áreas do conhecimento.
Dogmas nunca deveriam comandar as sociedades!
Geralmente quando se colocam uns contra outros, como neste caso de abortistas contra não-abortistas, os resultados são insatisfatórios porque acabam esquecendo o fundamento principal da discussão, que, em síntese, é o aperfeiçoamento das instituições para melhorar as condições de vida do ser humano. Uns e outros acabam perdendo-se em discussões estéreis em detrimento das energias criadoras que impulsionam o progresso.
Seria insano defender a morte de qualquer ser vivo, mas quem mata tem direito à defesa.
─ A serpente que engoliu um indefeso passarinho está plenamente justificada! Meu veredito é: INOCENTE!
─ O homem mentalmente sadio e consciente que retirou da natureza um passarinho implume, provocando-lhe a morte, não se justifica! Meu veredito é: CULPADO!
Minha "verdade", entretanto, é parcial e meu direito de culpar ou inocentar alguém é extremamente subjetivo porque calcado em princípios e concepções próprias inaceitáveis como parâmetros definitivos para quaisquer correntes filosóficas atuais, uma vez que todas as verdades seriam transitórias e reformáveis no tempo e no espaço, conformando-se ao contexto.
Por tais razões que a utilidade da religião está exclusivamente nos seus aspectos morais, de foro íntimo, sendo incompatível com a liberdade de pensamento, expressão e ação, especialmente no que se refere à dinâmica social.
sexta-feira, 27 de agosto de 2010
A laicidade como princípio fundamental da liberdade espiritual e da igualdade
segunda-feira, 23 de agosto de 2010
Encanto
Nevo
Encanta-se com seus cabelos, que lhe vão à cintura;
Com seu sorriso maroto e gracioso jeito de andar;
Ao falar, lhe vê na boca, fascínio expresso em candura,
Mas o que de fato lhe enfeitiça é o brilho do seu olhar!
Duas estrelas brilhantes de apenas uma alma do mundo,
Dupla única no seu céu, ilumina e nutre seu universo,
Impondo-lhe refletir sobre o infinito e filosofar taciturno:
Quem és? De onde vens trazer sonho em prosa e verso?
Quem és, afinal? Que mistérios se escondem no passado?
Qual será a origem deste elo indestrutível e indissociável,
A mantê-lo sob controle, passivo, feliz, mas escravizado,
Em conflito com seu ego libertário, paradoxo inconciliável!
O amor preenche-lhe todos os vazios da alma,
Mas aflições lhe impõem causas para dor buscar
E a razão lhe diz, sincera, contundente e calma:
Extirpado o egoísmo, o amor tomará o lugar!
domingo, 9 de maio de 2010
Severina
Morta viva Severina,
Pés descalços, roupa suja,
Busca água lá na gruta.
Pensa em nada;
Não tem futuro!
Pelos filhos, na labuta!
Semblante marcado,
Mãos calejadas,
De tanto labor e luta.
Renuncia à própria vida
Sem pensar em conseqüências.
Seu móvel é o cotidiano,
Cuidando da sobrevivência
Sabe que de si depende
Toda a prole em dependência.